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Não se faça de vítima: como criar coragem e enfrentar problemas

Algumas pessoas encaram o mundo como um lugar ameaçador, opressor. Elas se sentem constantemente vigiadas e sempre procuram fora de si – no ambiente familiar, no trabalho ou no círculo de amigos – as justificativas para os defeitos e insucessos. Se você é uma dessas pessoas, não se faça de vítima! Quem não larga este hábito não realiza seus sonhos.

Às vezes, o mundo de fato joga contra e dificulta a concretização dos nossos objetivos. Nessas situações, não há muito o que fazer senão aceitar as pequenas derrotas e encará-las como algo construtivo e enriquecedor. Não se faça de vítima nem mesmo nestes momentos. Quem sempre culpa o meio externo pelos fracassos engana a si mesmo e ignora que é incapaz de assumir a responsabilidade sobre a própria vida.

Ser o “coitadinho” é confortável

O vitimismo é como uma grande poltrona parada no meio da sala de estar. Ela é cômoda e macia, perfeita para se sentar depois do jantar. É tão aconchegante que pode levar a adormecer em poucos minutos. Se alguém ousar te acordar, é possível que você se sinta injustiçado e talvez até reaja agressivamente.

Sair da zona de conforto é um enorme desafio pessoal. Estamos tão confortáveis que inventamos mil justificativas para evitar deixá-la. A mais comum é de que a culpa é sempre dos “outros” e que nada podemos fazer para melhorar nossas vidas.

“Minha equipe é incompetente”, “meu companheiro é desmotivador”, “o governo é corrupto”, “a economia está em crise”. É mais fácil se fazer de coitado e responsabilizar o mundo pelos próprios fracassos! Nem todos conseguem encarar a realidade de que as coisas que valem a pena são difíceis e exigem alto grau de coragem, tenacidade e resiliência.

Use a inteligência emocional

Você não precisa permanecer no buraco do vitimismo por toda vida. Assuma o controle das histórias que conta a si mesmo e as narre de forma mais verdadeira. Criar um novo diálogo interno, traçar caminhos diferentes e inventar novos comportamentos são modos de agir com inteligência emocional.

Pessoas emocionalmente inteligentes encaram os problemas de frente e extraem prazer dos desafios. Elas invertem a lógica de interpretação do mundo à sua volta. Em vez de “não consigo crescer porque um problema me impede”, afirmam “vou tomar uma atitude para resolver o problema e, assim, crescer”.

Se sua equipe é incompetente, identifique os pontos fracos e trabalhe sobre eles. Se seu companheiro te desmotiva, seja transparente: coloque as cartas na mesa, afirme-se, sustente seus sonhos e os persiga independentemente de opinião. Se a economia está em crise, estude e entenda como crescer em situações desfavoráveis. Há sempre uma maneira de tirar proveito delas. “Enquanto uns choram, outros vendem lenços”, diz o ditado.

Não se faça de vítima! Assuma as rédeas da própria vida

Como em qualquer mudança pessoal, não é possível abandonar o vitimismo e começar a agir com inteligência emocional sem algum esforço. O primeiro passo é se conscientizar de que você é o único responsável pelas escolhas que faz e pelos resultados delas, sejam bons ou ruins. Assumir o controle da própria vida é um ato transformador.

É fundamental exercitar esta responsabilidade diariamente. Comece por pequenas ações, em todos aspectos da sua vida. Adote uma postura proativa. Levante-se da poltrona e procure novas formas de encarar os desafios. Se um problema está travando seu crescimento é porque você esgotou as formas de lidar com ele e precisa pensar fora da caixa.

Mude de perspectiva, expanda seu campo de visão e sua consciência. Lembre-se sempre: não se faça de vítima! Com um olhar ampliado, cheio de possibilidades, enxergamos os problemas com suas reais dimensões e deixamos de fantasiar obstáculos insuperáveis.

Wendell Carvalho

Wendell Carvalho

Especialista em mudança comportamental e estratégias para atingir metas.

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