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O que são os arquétipos e como utilizá-los no desenvolvimento pessoal?

o que são arquétipos

Você já se perguntou por que tem determinadas atitudes ou pensamentos? Indo mais fundo, já refletiu sobre o motivo de suas opiniões serem diferentes das de seus amigos e familiares? Pensar sobre isso é a base para entender o que são arquétipos.

O conceito foi desenvolvido pelo psicanalista Jung, em 1919. Para ele, todas as nossas decisões diante da vida são influenciadas, em parte, pelo nosso inconsciente. Um fragmento dele é individual e pessoal, ou seja, pertence a cada um. Outra parcela é chamada de inconsciente coletivo, sendo comum a todas as pessoas.

Continue a leitura, pois explicarei melhor esses conceitos e como você pode usá-los para aprimorar seu desenvolvimento pessoal!

O que são arquétipos?

Para Jung, arquétipos são representações de figuras que moldam nossa personalidade e ficam em nosso inconsciente. Existem vários tipos e todos nós os temos. O que nos diferencia é que cada pessoa tem um arquétipo mais dominante.

Por inconsciente, a psicanálise entende ser uma instância da mente não facilmente acessível por nós e que se desenvolve sem a intervenção da consciência. Jung especificou ainda mais o conceito, ao apresentá-lo em duas camadas: o pessoal e o coletivo.

O inconsciente pessoal é aquele que cabe apenas a nós, de forma particular. Já o inconsciente coletivo é formado a partir de memórias e materiais herdados dos nossos antepassados.

Na teoria do psicanalista, todas as experiências que nossos ancestrais tiveram, em variados contextos, ficam gravadas na mente e são passadas de geração a geração. Isso modela a cultura, influencia as ideologias e dita o modo de agir.

Da mesma forma que herdamos essa espécie de memória inconsciente, a transferimos aos nossos descendentes. Nossas experiências de hoje moldarão os pensamentos e os comportamentos daqueles que ainda estão para nascer e colaborarão para desenvolver ainda mais as características de cada arquétipo.

Como eles funcionam na personalidade?

Independentemente da nossa cultura ou da época em que nascemos, todos nós temos concepções aproximadas do que é ser “herói” ou “sábio”, por exemplo. Essas definições ficam no inconsciente coletivo.

Jung dizia que os arquétipos são como potencialidades inatas. Nascem conosco, mas ficam adormecidos, até que alguma circunstância os despertem. Podemos não percebê-los, mas eles se revelam o tempo todo.

Os objetivos profissionais, o estilo de roupa, o comportamento de julgar alguém, as escolhas românticas: tudo é reflexo dos arquétipos. Eles influenciam nossas decisões, sentimentos, pensamentos, ações.

Quais os arquétipos mais utilizados?

Então, como comentei, são muitos tipos de arquétipos existentes, cada um abrangendo características positivas e negativas. Os mais comuns são os seguintes.

Persona

A Persona envolve os aspectos da personalidade mostrados publicamente. É uma representação do que a sociedade espera de nós e está presente nos famosos papéis sociais. É comum, inclusive, termos mais de uma persona, cada uma para determinada função. Gênero, profissão e classe social: todos eles influenciam a sua construção.

Animus

O Animus é a representação do lado masculino da mulher e retrata seu racional.

As experiências que as nossas ancestrais tiveram com os homens, como pai, filho e irmão, influenciaram os comportamentos relacionados à racionalidade.

Outro papel do Animus tem a ver com a escolha de um parceiro amoroso. É comum, por exemplo, a mulher não enxergar o parceiro como ele realmente é, mas sim uma projeção nele do seu próprio Animus.

Anima

A Anima é a representação do lado feminino do homem, retratando seu lado mais emocional. Da mesma forma, as experiências que os homens tiveram com as figuras femininas, como mãe, filha e irmã, influenciam as decisões relacionadas a sentimentos e emoções.

Também pode haver influência da anima no momento de escolher uma parceira do sexo feminino.

Grande Mãe

A Grande Mãe trata dos aspectos relacionados à condição materna, que são influenciados pelas experiências tidas com as genitoras ou alguma matriarca. O arquétipo reúne características de fertilidade e nutrição, mas também de poder e destruição.

Velho Sábio

O Velho Sábio é a representação da busca de uma elevação, do conhecimento, da sabedoria, da explicação de temas obscuros.

Quando usado de maneira negativa, pode levar o indivíduo a se tornar um líder com má influência, levando as pessoas a cometerem injustiças e atrocidades. Pode confundir um grupo, usando um discurso convincente.

A Sombra

A Sombra reúne aqueles aspectos desagradáveis da nossa personalidade, muitas vezes reprimidos, por nos recusarmos a enxergá-los.

Uma situação comum é um indivíduo julgar o outro por considerar abominável a atitude alheia. No entanto, se formos analisar de perto, esse julgador tem propensão a fazer as mesmas escolhas que costuma recriminar, apenas as reprime no inconsciente.

A falta de autoconhecimento pode deixar a Sombra dominar nossos comportamentos, fazendo-nos viver uma vida de derrotas, tristezas e descrenças.

O Herói

O Herói é um dos arquétipos mais conhecidos e representa a luta contra adversidades, bem como a conquista da consciência e da libertação. Quando nos deixamos levar por ele, adquirimos mais autonomia e resiliência para conquistar objetivos. Deixamos de depender ou de esperar por um aval do outro.

O Self

O Self é considerado o arquétipo dos arquétipos, pois une todos os outros. Ele é o organizador da nossa personalidade. Quando temos um Self saudável, buscamos crescimento, completude, autorrealização e equilíbrio.

Por que compreender os arquétipos ajuda no autodesenvolvimento?

Bem, até aqui você percebeu que existem muitos arquétipos e todos coexistem dentro de nós, certo? O que nos resta é descobrir quais os mais atuantes, para agirmos de modo a buscar mais bem-estar.

Por exemplo, o pai que trabalha muito, mas deseja ter mais tempo com os filhos e a esposa, vive o arquétipo denominado Anima, sua representação da figura feminina. Ele percebe que precisa do contato com a família e do seu amor para sentir mais satisfação na vida. Nesse sentido, o objetivo será adquirir atitudes para reequilibrar a Anima.

Diante dos anseios de cada um, da baixa autoestima, das angústias e das crenças limitantes, o Coach pode ajudar nessa análise individual, para promover o desenvolvimento pessoal e profissional de cada pessoa. É por isso que entender o que são arquétipos é um passo importante para o autoconhecimento e a mudança.

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Wendell Carvalho

Wendell Carvalho

Especialista em mudança comportamental e estratégias para atingir metas.

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